CONSTRUÇÃO CIVIL: A RELUTÂNCIA DO EMPREITEIRO EM TRABALHAR PARA CLIENTE NU

- FINALMENTE O SENHOR VEIO, SEU FERREIRA! JÁ ESTAVA ACHANDO QUE ERA UM BOICOTE CONTRA MINHA NUDEZ ABUSADA, HEIN? - DISSE, AO RECEBER O EMPREITEIRO NA PORTA DE CASA USANDO SÓ UMA REGATA E BOTAS.

- E NÃO É QUE A D. SOCORRO TINHA RAZÃO: ELA HAVIA ME ALERTADO SOBRE SUA NUDEZ MAS NÃO ACREDITEI, REGNOBERTO... - RECONHECEU O BOM HOMEM, TODO ERRADO ANTE O QUE VIA.

- PODE NÃO PARECER MAS CONTINUO O MESMO HOMEM DE SEMPRE E COMO SÓ CONFIO NO SENHOR PARA RESOLVER OS PROBLEMAS AQUI DE CASA, LHE CHAMEI NA HORA. DEIXE EU LHE MOSTRAR AS INFILTRAÇÕES QUE APARECERAM DO NADA. A PROPÓSITO: PODE IR NA FRENTE! PARA QUE EU NÃO LHE DÊ AS COSTAS E PORQUE O SENHOR JÁ CONHECE ESSA CASA MELHOR DO QUE EU... - FALEI, GRACEJANDO E DEIXANDO-O SEM JEITO.

DURANTE OS PRÓXIMOS MINUTOS ELE AVERIGUOU OS PROBLEMAS E LHE SEGUREI A ESCADA PARA QUE ELE, HOMEM BAIXINHO, PUDESSE CHECAR MELHOR OS PONTOS DE UMIDADE. DEPOIS ELE FEZ UMA RELAÇÃO DE MATERIAIS A SEREM COMPRADOS E ME APRESENTOU O ORÇAMENTO EXECUTIVO DO SERVIÇO.

- PÔ. SEU FERREIRA, TUDO ISSO? VEJA BEM, TEU CLIENTE É UM MARMANJO QUE DEIXOU DE USAR CALÇAS PARA ECONOMIZAR NOS GASTOS COM VESTUÁRIO... - PROVOQUEI-O.

- IMAGINA: UM HOMÃO DESSES QUE NÃO TEM FAMÍLIA PARA SUSTENTAR... - REBATEU O SESSENTÃO DE BARBA CERRADA E GRISALHA.

- ESSE É O SEU FERREIRA QUE CONHEÇO. AH! AH! - FALEI, FECHANDO O NEGÓCIO.