FLAGRA: PAI VÊ FILHO FAZENDO BOQUETE

MINHA EXPRESSÃO ERA O RETRATO DO DESESPERO QUE SENTI AO VÊ PAPAI PARADO JUNTO À PORTA, ME FLAGLANDO COM A BOCA CHEIA COM O PÊNIS ROLIÇO DO ETEVALDO, VIZINHO E AMIGO. MEUS OLHOS ARREGALADOS O VIRAM APOIAR A MÃO NO UMBRAL ANTES DE DESVIAR O OLHAR E DESAPARECER, SEGUIDO PELO BATER ENSURDECEDOR DA PORTA DA FRENTE.

SEM TER A MENOR IDEIA DO QUE ACABARA DE ACONTECER, O BEM-DOTADO DA PORTA AO LADO SEGUIA ATOCHANDO SUA GROSSA PICA NA MINHA BOCA. COMO NADA PODIA SER FEITO, CONTINUEI FAZENDO O BOQUETE, ALGO QUE ELE ADORAVA QUE EU FIZESSE. "CARA, SE TU NÃO CHUPASSE MEU PAU, EU PODERIA JURAR QUE TU NÃO ERA UM VIADO!", ELE COSTUMAVA DIZER. EU FICAVA FELIZ POR TAL REVELAÇÃO NÃO TER ABALADO NOSSA AMIZADE.

ENTÃO MEUS OLHOS SE ESBUGALHARAM PELA SEGUNDA VEZ: PAPAI RETORNARA! COMO UM VULCÃO PRESTES A EXPLODIR, ELE PEDIU QUE O ETEVALDO SE RETIRASSE, MANDANDO LEMBRANÇAS PARA OS PAIS DELE. COMO EU ESTAVA SEM BERMUDA PARA GOZAR COM A CHUPADA, ELE NÃO TEVE DIFICULDADES EM DEIXAR MARCAS NO MEU RABÃO REDONDO E PELUDO. DEZ ANOS DEPOIS, ELE ME DAVA UMA SEGUNDA SURRA DE CINTO!

FORAM UMAS QUATRO CINTADAS BRABAS QUE ME FIZERAM URRAR DE DOR ANTES DE ELE CAIR EM PRANTOS, O ROSTO BARBUDO E GRISALHO ENTRE AS MÃOS TRÊMULAS. SENTI PENA DELE E PENA DE MIM POR TER-LHE CAUSADO ISSO. VESTI A BERMUDA E IA SAIR QUANDO ELE ME PUXOU PELA MÃO. ELE ERGUEU OS OLHOS VERMELHOS E MURMUROU UM PEDIDO DE DESCULPAS. EU O ABRACEI COMO NUNCA O HAVIA ABRAÇADO ANTES E O COBRI DE BEIJOS. UMA CATARSE DIFÍCIL QUE MODIFICOU NOSSAS VIDAS PROFUNDAMENTE ...