FORA UM ENCONTRO ABSOLUTAMENTE CASUAL. EU, NU EM MUITOS PELOS, USANDO SÓ TÊNIS E RELÓGIO. O SILÊNCIO QUE SE SEGUIU PARECEU DURAR UMA ETERNIDADE, ENQUANTO SEUS OLHOS TENTAVAM SE DESVIAR DO MEU CORPÃO NU. UMA PERDA DE TEMPO, CLARO!
- QUE HORAS SÃO? - ELE QUEBROU O SILÊNCIO, NUMA VOZ MEIO GUTURAL, EXPELIDA À FORÇA.
- QUAL A IMPORTÂNCIA DA HORA NUMA MANHÃ ENSOLARADA DE SÁBADO COMO ESSA? - INDAGUEI, ERGUENDO OS BRAÇOS PARA SEGURAR UM GALHO, DE MODO A REVELAR MEUS SOVACOS. NÓS, VIADOS, NOS AMARRAMOS EM AXILAS. E DEU CERTO.
- VOCÊ COSTUMA CORRER NUZÃO ASSIM ?
- CORRER NÃO É BEM A PALAVRA: SE EU CORRER, FICO DE PAU DURO. ENTÃO, ANDO A PASSOS LARGOS...
- ENTENDO. EU SEI O QUE É ISSO...
- ENTÃO VOCÊ TAMBÉM ANDA NU?
- NÃO EM UM PARQUE PÚBLICO COMO ESSE...
- AH! MAS AÍ É QUE RESIDE O TESÃO, CARA! AS REAÇÕES SÃO IMPAGÁVEIS!
- IMPAGÁVEIS E IDIOTAS COMO A MINHA?
- A SUA NÃO FOI UMA REAÇÃO IDIOTA! SENTI ALGO MAIS INTENSO QUE ISSO: UMA CERTA ADMIRAÇÃO... ME ENGANEI?
- NEM UM POUCO, CARA ...
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