segunda-feira, 14 de outubro de 2013
CONTO CONTADO: CUNETE NO PARQUE
EU CORRIA PELO PARQUE QUANDO VI UM GAROTÃO COM BARBA POR FAZER, TORSO PÊLUDO, BRINCOS E BERMUDA DE LYCRA, VINDO EM MINHA DIREÇÃO. MEU OLHAR, CLARO, FOCOU O VOLUME DE SUA GENITÁLIA SOB O TECIDO ELÁSTICO. QUARENTÃO PÊLUDO, PICUDO E RABUDO, EU ERA A QUINTESSÊNCIA DO GAY MACHO, EXTRAVAZANDO VIRILIDADE POR TODOS OS POROS. EU ADORAVA ESSA SENSAÇÃO E O EFEITO QUE ELA PROVOCAVA NAS PESSOAS. EM UMA PALAVRA: RESPEITO! A DESPEITO DE EU SER UM BOTTOMLESSER DE LONGA DATA.
- PÔRRA, QUE BELA VISÃO PARA SE COMEÇAR O DIA!- FALOU O GAROTÃO, AJEITANDO O SACO COM A MÃO ANTES DE ESTENDÊ-LA PARA MIM, APRESENTANDO-SE COMO BERNARDO.
- PRAZER EMCONHECÊ-LO, BERNARDO. ME CHAMO PEDRO... -DISSE, APERTANDO SUA MÃO COM FIRMEZA.
- MACHO,O PRAZER É TODIIINHO MEU! VOCÊ SEMPRE CORRE ASSIM? - QUIS SABER, DANDO UMA VOLTA EM TORNO DE MIM.
- FAZ QUATRO ANOS QUE CORRO AQUI, SEMPRE ASSIM...SEMPRE NESSE HORÁRIO. OS GUARDAS JÁ VIRARAM AMIGOS. -DISSE, CRUZANDO OS BRAÇOS SOBRE MEU TORSO SUADO.
- SERÁ QUE ELES PERMITIRIAM QUE EU TE FIZESSE UM CUNETE? SOU FISSURADO POR RABOS PÊLUDOS COMO O TEU, PEDRÃO! -PERGUNTOU O RAPAZ, PARA MINHA GRATA SURPRESA.
- E COMO NÃO? VAMOS. ALI TEM UM QUIOSQUE QUE NINGUÉM USA, EXCETO PARA EMERGÊNCIAS COMO ESSA -RESPONDI PRONTAMENTE.
E ASSIM FOI. ME RECOSTEI NO BANCO DE MADEIRA RIPADA QUE MARCARIA MINHA BUNDA, ERGUI AS PERNAS E O CARA SE INCUMBIU DO RESTO: ELE TAVA ACOSTUMADO A CHUPAR CUS! DISSO EU TINHA ABSOLUTA CERTEZA - E MAL PODIA ESPERAR PARA RETRIBUIR. FOMOS, CONTUDO, INTERROMPIDOS PELOS GUARDAS.
- QUE É ISSO PEDRÃO? VOCÊ SABE QUE ESSE TIPO DE COMPORTAMENTO É PROIBIDO! -FALOU UM DELES, CERTAMENTE INVEJANDO MINHA SITUAÇÃO.
- OK, PESSOAL, NOS EXCEDEMOS! -RECONHECI, FECHANDO AS PERNAS ENQUANTO O BERNARDO TIRAVA PÊLOS DA BOCA, SEU PAU RIJO NÍTIDO SOB A BERMUDA DE LYCRA.
- QUE ISSO NÃO SE REPITA, PEDRÃO! NÃO GOSTARÍAMOS DE BARRAR SUAS VISITAS AO PARQUE POR ATENTADO VIOLENTÍSSIMO AO PUDOR. - DISSE O OUTRO GUARDA, DANDO UMA PISCADELA COM O OLHO PARA MIM.
FICAMOS A OBSERVAR OS DOIS HOMENS SE AFASTAREM EM SUAS BIKES. O GAROTÃO PARECIA DESOLADO, COMO UMA CRIANÇA DE QUEM SE TOMOU O PIRULITO. PROPUS ENTÃO CONTINUAR DE ONDE HAVÍAMOS PARADO E ELE ABRIU UM BELO SORRISO, DESPINDO IMEDIATAMENTE A BERMUDA E SE POSICIONANDO SOBRE MIM DE MODO QUE O PRAZER FOSSE MÚTUO. TÍNHAMOS UNS VINTE MINUTOS ATÉ O PARQUE COMEÇAR A ENCHER OU O RETORNO DOS GUARDAS EM RONDA. FORAM OS PRIMEIROS RUMORES DE PESSOAS NA TRILHA QUE PUSERAM FIM AO NOSSO 69 NO MEIO DA MATA.
- VAMOS SUAR NOSSOS CORPOS NUS? -SUGERIU BERNARDO, DECIDIDO A NÃO MAIS VESTIR A BERMUDA.
- EU COSTUMO CORRER COM MENOS GENTE NAS TRILHAS MAS, NA TUA COMPANHIA, TOPO SIM. E VOCÊ, TÁ PREPARADO?
- MAL POSSO ESPERAR, SEU VIADÃO GOSTOSO! - ELE PROVOCOU.
- SOMOS DOIS ENTÃO... -FALEI, PUXANDO-O E TASCANDO-LHE UM BEIJO.
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