PARTY: A ODISSÉIA UBERIANA DE ULISSES RUMO À FESTA

 "FOI UMA ODISSÉIA SIM! QUE COMEÇOU COM UM ASSOVIO DO PORTEIRO DO PRÉDIO AO ME VER NU. QUANDO IA EMBARCAR NO UBER, O MOTORISTA PEDIU QUE EU SENTASSE NO BANCO DA FRENTE. FUI LOGO DIZENDO: "CARA, TÔ INDO PRA UMA FESTA, MEU RABO TÁ LIMPÍSSIMO, PRONTO PRA SER MUITO ENRABADO!"

O MOTORISTA RIU E REBATEU: "TENHO PLENA CERTEZA DISSO. MAS HÁ ALGO AQUI QUE PODE TE AGRADAR...", ATIÇANDO MINHA ALMA. BATI A PORTA TRASEIRA E SENTEI AO LADO DELE.  BARBUDÃO COM BRINCOS NAS ORELHAS, ELE APALPOU O PAU RIJO SOB O JEANS. ENGOLI EM SECO, ELE BOTOU A TROMBA PRA FORA. O ENCAREI E CAÍ DE BOCA.

ERA O TIPO DE CARALHO QUE ADORO: ROLIÇO, LONGO E CABEÇUDO. A VIAGEM ERA LONGA E FUI MAMANDO ATÉ ELE PARAR O CARRO PARA ABASTECER COM GÁS. SIM: TIVE QUE SAIR DO CARRO, NU SEM PELO ALGUM NUM POSTO MOVIMENTADO. ALGUÉM ME CHAMOU DE BICHONA, OUVI RISOS VINDO DOS CARROS EM ATENDIMENTO E ENTREI NA LOJA DE CONVENIÊNCIA DESERTA.

DISSE BOA NOITE PARA A ATENDENTE BOQUIABERTA E FUI PEGAR UMA ÁGUA NO FREEZER. NO CAMINHO OPTEI POR UM PICOLÉ. ESTAVA CHUPANDO-O QUANDO O MOTORISTA ABRIU A PORTA E GRITOU: "TANQUE CHEIO! NEM PRECISAVA TER COMPRADO O PICOLÉ: VOCÊ VAI PODER CONTINUAR A CHUPAR MEU PAU, CARA!"

ULISSES JARDIM, 27, PSICÓLOGO