O OLHAR DE DESPREZO DE PAPAI ME TOCOU PROFUNDAMENTE. NOSSOS OLHARES SE ENCONTRARAM E, NO SEU SILÊNCIO E IMOBILIDADE, VI O DESAPONTAMENTO ESTAMPADO NO SEU ROSTO. ELE FICOU ALI A NOS OBSERVAR POR UM TEMPO QUE PARECEU UMA ETERNIDADE: COMO SE PRECISASSE CONFIRMAR QUE O QUE VIA NÃO ERA UMA MIRAGEM, UM PESADELO...
DE MINHA PARTE, SEGUI IMPASSÍVEL NA AÇÃO DE CHUPAR O PAU DO BELO TÉCNICO DA TV À CABO. NÃO PODERIA ME AVERGONHAR DAQUILO QUE ME FAZ FELIZ. ERA UM CABO DE GUERRA ENTRE PAI E FILHO. UM TURNING POINT EM NOSSAS VIDAS.
COMO UM GAROTÃO REBELDE QUE EU JÁ NÃO MAS ERA, SUGUEI AQUELA PICA COM INTENSIDADE E DETERMINAÇÃO, DEMONSTRANDO UM KNOW-HOW QUE SÓ SE ADQUIRE COM MUITA PRÁTICA.
SEGUI COM O BOQUETE SEM DESVIAR O OLHAR DELE. ENTÃO VI SEUS OLHOS MAREJAREM, NUM CHORO CONTIDO QUE ELE TENTAVA SEGURAR. COMO NÃO CONSEGUIU, SE RETIROU. E EU, ABALADO, RETIREI AQUELE CARALHO DELICIOSO DA MINHA BOCA, CIENTE QUE TERIA A MAIS DIFÍCIL CONVERSA DA MINHA VIDA DALI À POUCO.
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