MARCENEIRO: OZIEL, EXPERT EM MEXER COM PAUS FIDELIZA A CLIENTELA

APÓS FINALIZAR OS ÚLTIMOS RETOQUES NO MOBILIÁRIO FEITO SOB MEDIDA, GUARDEI MINHAS FERRAMENTAS E DEIXEI ALIVIADO A RESIDÊNCIA DO CLIENTE - O CARA, UM ADVOGADO TRINTÃO ENRUSTIDO INSISTIRA EM ACOMPANHAR DE PERTO MEU TRABALHO, OBVIAMENTE FISSURADO PELA MINHA NUDEZ. IGNOREI SUA PRESENÇA E FOQUEI MINHA ATENÇÃO NOS SERVIÇOS A SEREM EXECUTADOS. NÃO GOSTAVA DE FICAR TRABALHANDO SOZINHO -DURANTE A MONTAGEM A NUDEZ DA EQUIPE DAVA UMA CERTA TRANQUILIDADE E FACILITAVA NOSSA ACEITAÇÃO PELOS CLIENTES. VIRAVÁMOS, SEMPRE, O ASSUNTO DO CONDOMÍNIO, ALVO DOS COMENTÁRIOS DAS EMPREGADAS, DOS PORTEIROS E DOS DEMAIS FUNCIONÁRIOS.
JÁ TRABALHAR SOZINHO E NU ERA BEM DIFERENTE. VOCÊ SE SEMPRE UM PERU NO PIRES, SEMPRE EVITANDO APROXIMAR-SE DEMAIS DAS OUTRAS PESSOAS ... FOI COM ALÍVIO QUE, ENTÃO, ME DESPEDI DO CLIENTE. COMO CONCLUIRA O TRABALHO MAIS CEDO, FUI OBRIGADO A AGUARDAR PELO TRANSPORTE NA PORTARIA. CARREGANDO A MALETA DE AÇO, APROXIMEI-ME DA GUARITA TÉRREA E ME ENCOSTEI NA PAREDE, FUGINDO DO SOL DO FINAL DA MANHÃ. HAVIA POUCO MOVIMENTO -APENAS DUAS MOÇAS VARRIAM AS RUELAS INTERNAS PRÓXIMAS À ENTRADA PRINCIPAL E UM JARDINEIRO IDOSO APARAVA UMA CERCA VERDE JUNTO AO MURO LATERAL OESTE. JÁ HABITUADOS COM A NUDEZ MASCULINA DURANTE AS DUAS SEMANAS EM QUE MONTAMOS OS MÓVEIS, PARECIAM ME IGNORAR. FOI QUANDO O PORTEIRO DA MANHÃ SAIU DA EDÍCULA E ME OFERECEU UMA CADEIRA DE PLÁSTICO. AGRADECI E RECUSEI, JUSTIFICANDO QUE ME MARCARIA A BUNDA. ELE ESBOÇOU UM SORRISO E QUIS SABER HÁ QUANTO TEMPO EU ANDAVA NU DA CINTURA PRA BAIXO. QUIS SABER TAMBÉM SOBRE A ACEITAÇÃO DAS PESSOAS À UM BANDO DE MARCENEIROS NUS -EMBORA ELE MESMO COMENTASSE QUE TERÍAMOS MAIS TRABALHO POR ALI. O CARA ERA CHARMOSO, ENCORPADO, A BARBA BEM FEITA REALÇAVA OS TRAÇOS MÁSCULOS DO SEU ROSTO -E A CALÇA DE TERGAL DA FARDA MAL CONTINHA SEU RABO AVANTAJADO. TENTEI NÃO OLHAR PARA NÃO FICAR DE PAU DURO... DA PARTE DELE, PORÉM, OS OLHOS SEMPRE VOLTAVAM A MIRAR ENTRE MINHAS PERNAS. AO CURVA-ME UM POUCO PARA AMARRAR O CADARÇO DO MEU COTURNO ESQUERDO, SENTI A DEDADA! O CARA ME ENFIARA O DEDO NO CU E O ATOCHAVA DESPUDORAMENTE, AGORA EM SILÊNCIO. ELE TINHA KNOW-HOW NO ASSUNTO, DISSO TIVE CERTEZA -E CONTRAÍ MEU ESFÍNCTER PARA RETER SEU DEDO. ELE SUSSUROU BAIXINHO QUE TAVA GOSTANDO MAS PEDIU QUE EU LIBERTASSE SEU DEDO POIS UM GRUPO DE TRÊS EMPREGADAS APROXIMAVAM-SE FALANDO ALTO. ELE RETIROU O DEDO E, PARA MINHA SURPRESA, O LEVOU À BOCA. ENTÃO PUXEI A CADEIRA QUE NE FORA OFERECIDA E ME SENTEI, CRUZANDO A PERNA QUANDO O TRIO DE MULHERES APROXIMOU-SE. ELAS COMENTARAM ENTRE SI QUE EU FAZIA PARTE DO GRUPO DE MARCENEIROS NUS E ME OLHAVAM COM CURIOSIDADE. QUANDO ELAS SAIRAM, O PORTEIRO VOLTOU PARA JUNTO DE MIM OFERECENDO SUA TOALHA PARA FORRAR A CADEIRA. AGRADECI COMOVIDO E PEDI PARA USAR O BANHEIRO DA PORTARIA. MAS QUANDO ME LEVANTEI, JÁ COM O PAU EM PROCESSO DE EREÇÃO, A VAN DA FIRMA CHEGOU. APERTEI A MÃO DO PORTEIRO ENQUANTO ELE ME DAVA UM TAPINHA NO RABO E ME PERGUNTAVA QUANDO EU ESTARIA DE VOLTA... O PESSOAL FEZ A MAIOR HORA QUANDO ENTREI NA VAN DE PAU DURO. DUARTE, PARCEIRO DE MUITOS ANOS, NÃO SE FEZ DE ROGADO E CAIU DE BOCA ENTRE MINHAS PERNAS...