TEXTÍCULO: ESTAGIÁRIO SEM CALÇA

QUE O CONTRATARA COM SEGUNDAS INTENÇÕES ERA ÓBVIO PARA TODOS. DE MODO QUE RELUTEI ALGUMAS SEMANAS ANTES DE PARTIR PARA O ATAQUE. FIQUEI ADMIRANDO A NUDEZ DAQUELE GAROTÃO QUE VINHA TRABALHAR USANDO UMA CAMISA DE MANGAS LONGAS QUE MAL LHE COBRIA O UMBIGO, MOCASSINS DE COURO E NADA MAIS!

OBSERVEI CURIOSO A REAÇÃO DOS OUTROS FUNCIONÁRIOS E DOS FREQUENTADORES DO PRÉDIO TAMBÉM. POR TRÊS VEZES HAVÍAMOS COMPARTILHADO O ELEVADOR, ELE COMPENETRADO E RESPEITOSO, APESAR DA GENITÁLIA NUA. NUMA DESSAS OCASIÕES, PRESENCIEI ELE RECEBER UMA DEDADA POR UM VISITANTE - UM CARA BONITÃO E BARBUDO QUE ESBOÇOU UM SORRISO TÍMIDO QUANDO O VI LEVANDO O DEDO À BOCA.

- COMO É LEVAR UMA DEDADA NUM ELEVADOR CHEIO,PATRÍCIO? - FALEI, ENQUANTO NOS ENCAMINHAVÁMOS PARA O ESCRITÓRIO, NO FIM DO CORREDOR.

- FAZ PARTE, ADALBERTO. É RARO MAS ACONTECE...- ELE DESCONVERSOU, INTIMIDADO POR TRATAR DE TAL ASSUNTO COM O PATRÃO.

- O CARA ENFIOU O DEDO E O LEVOU À BOCA... EU VI! - COMPLEMENTEI, ENCARANDO-O.

JÁ NO ESCRITÓRIO, PEDI QUE BUSCASSE UMA PASTA NO ARQUIVO. AO RETORNAR, ME ENCONTROU COM O PAU PARA FORA DA CALÇA. DESPI-LHE ENTÃO A CAMISA ENQUANTO OBSERVAVA SEU PÊNIS ENRIJECER. E ENTÃO NOS CONHECEMOS MAIS INTIMAMENTE...